FERRAMENTAS DE APOIO AO EMPREENDEDORISMO DISPONÍVEIS NO SITE DO PROJETO ESPAÇO TALENTO JOVEM – 6ª PARTE

Como provavelmente já saiba, o Espaço Talento Jovem é um projeto de cooperação transfronteiriça, no âmbito do programa europeu POCTEP, cujo objetivo é promover e apoiar iniciativas empresariais de jovens empreendedores em setores emergentes tanto na Beira Interior (Portugal) como em León (Espanha). Com vista a alcançar esse objetivo, desenvolvemos um conjunto de ferramentas que pretendem proporcionar os instrumentos e recursos necessários para desenvolver as suas ideias em setores estratégicos com garantias de sucesso.

Como provavelmente já saiba, o Espaço Talento Jovem é um projeto de cooperação transfronteiriça, no âmbito do programa europeu POCTEP, cujo objetivo é promover e apoiar iniciativas empresariais de jovens empreendedores em setores emergentes tanto na Beira Interior (Portugal) como em León (Espanha). Com vista a alcançar esse objetivo, desenvolvemos um conjunto de ferramentas que pretendem proporcionar os instrumentos e recursos necessários para desenvolver as suas ideias em setores estratégicos com garantias de sucesso.

Na nossa seção de Atividades poderá encontrar todas estas Ferramentas De Apoio Ao Empreendedorismo para consulta e aplicação segundo as suas necessidades.

Neste artigo fazemos uma abordagem da sexta delas:

ESTUDO DE OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO NO SETOR DA AGROALIMENTAR

Este documento de consulta é composto por 17 páginas e encontra-se disponível desde 30 de Junho de 2018. O estudo pretende fazer uma caraterização das oportunidades de negócio no sector da indústria agroalimentar em Portugal, fazendo um retrato do sector em questão e dando conta, entre outros aspetos, da tipologia das empresas da área, das tendências principais e das oportunidades potenciais e expectativas existentes.

Na introdução são abordadas questões relativas à perspetiva atual no que diz respeito a diferentes aspetos do sector bioalimentar, apresentando a organização Slow Food e aquilo que esta promove. Nesta secção referem-se diversas caraterísticas do mercado do sector, nomeadamente a contraposição das grandes cadeias de distribuição face às microempresas e as PME. É salientada a importância para esta área das indústrias relacionadas com a embalagem e a reciclagem na cadeia de valor dos bens alimentares, para conservar os produtos de forma mais eficiente e reduzir os custos e o impacto ambiental. Aquilo que os consumidores pretendem é “uma alimentação saudável, segura, sustentável e inteligente na qual sejam valorizados aspetos como a informação, qualidade e benefícios intrínsecos de forma a garantir experiências personalizadas e acessíveis”; por isso entende-se que o sector agroalimentar apresenta uma ampla variedade de oportunidades de negócio.

No segundo capítulo é feita uma caraterização do sector agroalimentar, que abrange as atividades transformadoras da indústria alimentar e da indústria das bebidas. Refere-se o facto de, apesar do elevado número de PME dedicadas a esta área, a maior parte da produção concentra-se nas médias e grandes empresas. São apresentados neste capítulo dados numéricos relativos ao volume de negócio, produção, VAB, evolução e crescimento do sector, etc. tanto no âmbito de Portugal como da União Europeia.

O terceiro capítulo, intitulado Diagnóstico e perspetivas de crescimento, são abordados em primeiro lugar os pontos fortes e fracos, e a seguir os clientes e mercado do sector. Assim, os principais destinos de exportação dos bens agroalimentares portugueses são os países vizinhos do território europeu (nomeadamente a Espanha, que recebe mais do 30% das exportações) e os países lusófonos. Não obstante, a tendência de exportação para os países europeus é decrescente nos últimos anos, mas pelo contrário é crescente para a Angola e o Brasil.

No que diz respeito às importações nacionais, os principais países de origem das mesmas são a Espanha, a França, os Países Baixos, o Brasil e a Alemanha, sendo a Espanha o principal país de origem das importações.

Neste terceiro capítulo são tratadas também as organizações de suporte. Devido às suas caraterísticas morfológicas e edafo-climáticas, o território que abrange o estudo possui importantes recursos endógenos que propiciam boas oportunidades de negócio; isto faz com que sejam precisas associações relacionadas com o sector agroalimentar, de forma a beneficiar de outros recursos (tecnológicos, comerciais, etc.) para aumentar a sua competitividade. São salientadas agrupações e empresas relevantes para o sector, com destaque para as competências e atribuições da CVRBI. É referida ainda a importância dos vários subsectores do sector agroalimentar em termos de riqueza gerada e de emprego criado, “revelando-se com elevado potencial de crescimento, quer por via da otimização dos processos das empresas, quer por via da aposta em produtos diferenciadores valorizados nos mercados nacional e internacional”.

O quarto capítulo, sob o nome de Envolvente, encontra-se por vez subdividido em várias secções. Na primeira delas, Diagnóstico, é feita uma caraterização da região na qual se desenvolve o estudo (caraterísticas geográficas e demográficas, e atividades económicas e comerciais relacionadas com a área agroalimentar). Salienta-se a influência da qualidade das matérias-primas na qualidade dos produtos da indústria agroalimentar elaborados com elas, e a necessidade decorrente de integrar nos processos de fabrico fornecedores que garantam a melhor qualidade do produto mediante outsourcing especializado.

A seguir são abordados os fatores a considerar relativamente aos fornecedores de matérias-primas. Nesta secção são identificadas também as principais matérias-primas que compõem os diferentes subsectores da indústria agroalimentar, assim como as matérias primas que, não se englobando especificamente nesses setores, são utilizadas nos processos produtivos das respetivas indústrias.

O quinto capítulo trata as oportunidades potenciais do sector agroalimentar, sendo que estas provêm de uma visão sistémica e holística, e não apenas das derivadas da área; salientam aqui inovações como a Agricultura de Precisão, o uso de tecnologia em satélites, drones, GPS ou software especializado. Aquilo que se pretende “é que a qualidade das matérias primas de suporte às agroalimentares garantam mais saúde e bem-estar”. Ao nível da comercialização e distribuição de alimentos destaca o Comércio Eletrónico de Alimentos. Noutros domínios surgem propostas como as Proteínas Sustentáveis e Superalimentos, Biotecnologia, Soluções baseadas em tecnologias da informação, etc.

Este capítulo encontra-se subdividido em outras duas secções. A primeira delas trata das tendências e parceiros nesta área das oportunidades potenciais do sector, sendo aqui essencial a transferência da tecnologia, apresentada como “um ponto crítico que deverá ser explorado pela Indústria Agroalimentar no sentido de otimizar os seus processos, aumentar a rentabilidade dos seus produtos e promover a sustentabilidade das suas organizações”. Como sectores de alimentação mais inovadores salientam refrigerantes, laticínios, refeições prontas, produtos salgados, congelados e aperitivos. Em seguida são listados uma séria de tendências de marketing e do sector agroalimentar em geral, identificadas pelas empresas Larouche e Portugal Foods, respetivamente.

Na segunda parte do capítulo, Diferenciação e competitividade, são destacadas diferentes potencialidades do sistema científico e tecnológico e da criação de novas empresas no território de influência da ILDEFE e a CIEBI na área agroalimentar.

Finalmente são apresentadas as conclusões do estudo, sendo referida a necessidade de abastecimento sustentável capaz de garantir alimentos seguros e de qualidade para a população global em crescimento; para isso, é preciso desenvolver sistemas de produção primária eficientes, assim como cadeias de abastecimento que acelerem a transição para uma bioeconomia europeia sustentável. O estudo conclui afirmando que “Portugal e mais especificamente a região da Beira Interior dispõe de importantes potencialidades capazes de gerar boas oportunidades de negócio, com o sector agroalimentar de Espanha, mais especificamente da região de León”.

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